A tensão dos mercados mexe com as taxas dos títulos públicos na véspera do anúncio das tarifas recíprocas dos Estados Unidos. A Casa Branca informou há pouco que o “tarifaço” será mesmo anunciado na quarta-feira (2), e que entrará em vigor imediatamente. Além disso, as tarifas sobre veículos seguirão como programado na quinta-feira (3).
Os títulos brasileiros são pressionados por mais um dia de rali nos Treasuries, os títulos do Tesouro dos Estados Unidos, que estenderam sua valorização nesta terça-feira (1), à medida que investidores digerem também sinais de desaceleração na atividade industrial e arrefecimento gradual do mercado de trabalho.
Com a valorização dos papeis, o rendimento dos Treasuries de 10 anos caiu cerca de sete pontos-base, para aproximadamente 4,13% — o menor nível desde o início de março — em movimento que indica fluxo de capital para os EUA, afetando mercados emergentes.
Com isso, o Tesouro Direto volta a remunerar próximo de 8% de juro real para quem investe no papel mais curto atrelado à inflação. O Tesouro IPCA+ 2029 oferecia taxa de 7,90% na atualização de 13h06 nesta terça-feira, após ter encostado nos 7,50% há cerca de duas semanas.
A alta significa que o governo passa a pagar ainda mais para quem segura o papel até o vencimento, mas prejudica investidores já posicionados no papel a taxas mais baixas – nesse caso, podem ver queda rendimento na tela do home broker, que leva em consideração o retorno caso o título seja vendido no dia.
Avanço também no vértice de 2040, com taxa que vai a 7,40% ao ano além da inflação. Já no vencimento de 2050, há queda para 7,18%, ante 7,32% há cerca de duas semanas.
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Por outro lado, os títulos prefixados operam em queda e vão a 14,60%, no caso do papel para 2028, e 14,86% no de 2032.
Confira as taxas dos títulos públicos disponíveis no Tesouro Direto na atualização de 13h06 desta terça-feira (1):
