As taxas dos títulos públicos negociados no Tesouro Direto operam em queda em todos os vencimentos nesta segunda-feira (16), após forte alta na semana passada provocada pela explosão do conflito entre Irã e Israel, e as expectativas de pressão inflacionária por conta da alta do petróleo. Hoje, com o mercado mais calmo, os juros voltaram a apresentar alívio.
Às 13h02, os papéis prefixados ofereciam novamente retorno anual abaixo de 14%. O Tesouro Prefixado 2028 pagava 13,53% ao ano, enquanto o Tesouro Prefixado 2032 oferecia 13,74%. Já o Tesouro Prefixado com juros semestrais 2035 registrava rentabilidade de 13,88%.
Entre os títulos atrelados à inflação, o Tesouro IPCA+ 2029 pagava IPCA + 7,50% ao ano, e o Tesouro IPCA+ com juros semestrais 2035 oferecia 7,32% de juro real. Os papéis com vencimentos mais longos também apresentavam prêmios elevados, com o Tesouro IPCA+ 2040 oferecendo 7,06% e o de 2050 marcando 7,00%.

A queda nas taxas acompanha o recuo do petróleo e do dólar, e a recuperação das em meio a relatos de que o Irã teria acenado com a disposição de encerrar o conflito com Israel. Os retornos dos Treasuries também perderam fôlego e passaram a oscilar entre pequenas altas e baixas.
Os juro também reagem a uma nova queda nas projeções de inflação para este ano, de 5,44% para 5,25%, segundo monitorando pelo Boletim Focus do Banco Central. O mercado também digere o IBC-Br, indicador de atividade econômica do BC que é o preferido para guiar as decisões do Comitê de Política Monetária (Copom), que volta a decidir sobre a Selic na próxima quarta-feira (18).
“No Brasil estamos nesse dilema sobre a taxa Selic. Não entendo o motivo, uma vez que o BC já tinha revelado a preferência dele de parar de elevar os juros. A grande questão é saber o que ele quer, o que ele quer fazer. Se elevar a taxa em 0,25 ponto, precisará convencer o mercado de que ele parou mesmo. Seja como for, é certeza de que o comitê vai apresentar um discurso hawkish (duro)”, afirmou Igor Barenboim, economista-chefe da Reach Capital.
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No mercado de derivativos, agentes reduzem apostas em um aumento de 0,25 ponto na Selic. As apostas de 62% nessa alta na última quinta-feira (12) reduzem para 56,50% nesta segunda, de acordo com as expectativas embutidas no Opção de Copom, negociado na B3.
Confira as taxas dos títulos do Tesouro Direto às 13h02 desta segunda-feira (16):
