O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou que a prisão do estudante e ativista pró-Palestina Mahmoud Khalil é “a primeira de muitas que virão”.
A declaração foi feita nesta segunda-feira (10/3), após a detenção do jovem, que possui residência permanente no país e foi um dos organizadores de protestos na Universidade de Columbia contra a ofensiva israelense na Faixa de Gaza.

Estudante argelino com green card é preso nos EUA após ordem de Trump
Selcuk Acar/Anadolu via Getty Images
Presidente dos Estados, Donald Trump
Andrew Harnik/Getty Images
Trump usou sua rede social, Truth Social, para justificar a prisão e alertar que novas detenções devem acontecer.
“Sabemos que há mais estudantes na Universidade de Columbia e em outras universidades em todo o país que se envolveram em atividades pró-terroristas, antissemitas e antiamericanas, e a administração Trump não tolerará isso”, escreveu.
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Khalil, de origem argelina e casado com uma cidadã norte-americana, foi preso em sua residência na universidade pelo Serviço de Imigração e Alfândega (ICE, na sigla em inglês), em uma operação coordenada com o Departamento de Estado dos EUA. A ação ocorreu após Trump assinar uma ordem executiva para endurecer a punição a atos classificados como antissemitas.
O Departamento de Segurança Interna afirmou que o estudante estava envolvido em “atividades alinhadas ao Hamas, uma organização terrorista designada pelo governo norte-americano”. No entanto, nenhuma prova foi apresentada para sustentar a acusação.
O caso de Khalil gerou reação entre grupos de defesa dos direitos civis e entidades estudantis. O Sindicato dos Trabalhadores Estudantis de Columbia confirmou a detenção e manifestou preocupação com a repressão a ativistas universitários.