Marcos Roberto de Almeida, conhecido como Tuta, um dos principais chefes do Primeiro Comando da Capital (PCC), foi preso na última sexta-feira (17/5) na Bolívia e entregue ao Brasil nesse domingo (19/5), após ser expulso pelas autoridades bolivianas. Agora, ele está custodiado na Penitenciária Federal de Brasília, a mesma onde cumpre pena o número 1 da facção, Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola.
Tuta foi detido em Santa Cruz de la Sierra ao tentar renovar documentos migratórios com nome falso. A identidade apresentada, Maicon da Silva, já constava nos bancos de dados internacionais da Interpol, o que levantou suspeitas. Agentes bolivianos acionaram um oficial de ligação da Polícia Federal brasileira, que confirmou a verdadeira identidade por meio de dados biométricos. O foragido foi preso ainda na unidade policial.
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Condenado a 12 anos de prisão por tráfico de drogas, lavagem de dinheiro e participação em organização criminosa, Tuta integrava a Lista Vermelha da Interpol. Após a audiência de custódia e a decisão de expulsão, ele foi entregue à Polícia Federal na cidade de Corumbá (MS) e transferido para Brasília em uma aeronave da PF, sob escolta reforçada de 50 agentes, incluindo integrantes do Comando de Operações Táticas (COT) e da Polícia Penal Federal.
Isolamento
A Penitenciária Federal de Brasília é uma das cinco unidades de segurança máxima do país e segue o modelo de Regime Disciplinar Diferenciado (RDD). O objetivo é neutralizar a influência de lideranças criminosas e impedir que comandem operações de dentro da cadeia.
A operação que resultou na captura e repatriação de Tuta envolveu a Polícia Federal, o Ministério da Justiça, o Itamaraty e a Fuerza Especial de Lucha contra el Crimen (FELCC), da Bolívia. As investigações seguem para mapear possíveis conexões internacionais e a estrutura de proteção que o criminoso mantinha fora do país.