São Paulo — O governador de São Paulo Tarcísio de Freitas (Republicanos) decretou luto oficial de três dias no estado pela morte, ocorrida na madrugada desta quarta-feira (19/3), do ex-governador de São Paulo, Cláudio Lembo, aos 90 anos de idade.
Em uma publicação no X, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que recebeu com tristeza. a notícia da morte de um amigo “desde os anos 1970”.
“Lembo foi símbolo de Política escrita assim, com P maiúsculo. Representante do campo conservador, sempre tivemos diferenças e, ao mesmo tempo, uma capacidade de diálogo franco, aberto e generoso. Com suas convicções, teve amplo destaque na política e se consolidou como voz importante no direito, tendo sido reitor da Universidade Mackenzie. Deixa um legado de compromisso com a democracia, com os valores constitucionais e com o amor pelo Brasil”, escreveu Lula.
Para o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, o Brasil perde um líder político liberal clássico. “Advogado de sólida formação jurídica e cultural. Um homem à frente de seu tempo, mas paciente com a história. Dos últimos a formar gerações de políticos”, lamentou Toffoli.
Nascido em 1934 na capital paulista, Lembo assumiu o governo do estado entre abril de 2006 e 1º de janeiro de 2007 e foi vice-governador de São Paulo de 2003 a 2006.
Formado em Ciências Jurídicas e Sociais pela Universidade de São Paulo (USP), tornou-se doutor em Direito pela Universidade Universidade Presbiteriana Mackenzie, onde também foi reitor.
Na Prefeitura de São Paulo, foi secretário de Negócios Extraordinários, Negócios Jurídicos e Planejamento.
Desde 2011, Lembo era filiado ao Partido Social Democrático (PSD). O presidente nacional do partido, Gilberto Kassab, lamentou a morte do político nas redes sociais. “Se tem alguém que cumpriu sua missão, esse alguém foi Cláudio Lembo. Cidadão exemplar, com excelente formação e um homem público que não deixa uma única observação negativa”, escreveu em seu perfil no X (antigo Twitter).