São Paulo — A Universidade de Franca (Unifran) decretou luto oficial de três dias a partir desta sexta-feira (21/2) após pelo menos 12 passageiros, entre eles estudantes da unidade, morrerem em um acidente envolvendo um ônibus e um caminhão na Rodovia Waldir Canevari, a 17 quilômetros da cidade de Nuporanga, no interior de São Paulo, na noite dessa quinta-feira (20/2).
“É com muita tristeza e pesar que recebemos a notícia de que nossos alunos tiveram seus sonhos interrompidos em um trágico acidente nesta madrugada. Em memória e respeito aos alunos, seus familiares, amigos e professores, a quem prestamos nossas condolências e profundo pesar, decretamos luto oficial de três dias (21, 22 e 23 de fevereiro) – portaria 28/2025 –, com suspensão das aulas no campus da UNIFRAN na data de hoje (21 de fevereiro)”, disse a universidade em nota.
Ainda de acordo com a nota, neste momento a universidade está priorizando a acolhida de seus alunos e docentes, assim como dos familiares, conforme chegam as informações e confirmações. “A Universidade coloca à disposição suporte e atendimento psicológico para sua comunidade acadêmica e todos aqueles diretamente afetados que necessitarem de apoio nesse momento difícil.”
A estudante de enfermagem Lívia Tavares, de 23 anos, foi identificada como uma das vítimas. Ainda não há confirmação de outros nomes.
O local do acidente fica entre as cidades de Nuporanga e São José da Bela Vista. O ônibus viajava em direção a São Joaquim da Barra, na mesma região.
Além dos 12 mortos, o Corpo de Bombeiros diz que 19 pessoas foram socorridas com vida. Feridos encaminhados para a Santa Casa de São Joaquim da Barra já haviam recebido alta na manhã desta sexta-feira. Todas as vítimas levadas ao Hospital São Geraldo, em Nuporanga, também foram liberadas.
O Corpo de Bombeiros foi acionado por volta das 22h55 dessa quinta-feira (20/2) para atender a ocorrência.
Em nota, a Secretaria da Segurança Pública (SSP) informou que a Polícia Técnico-Científica foi acionada e trabalha para fazer a identificação das vítimas no menor tempo possível. A ocorrência está em elaboração na Central de Polícia Judiciária de São Joaquim da Barra, e mais informações serão fornecidas ao término do registro.
Um vídeo que circula nas redes sociais mostra a destruição provocada pelo acidente. Veja:
Notas de pesar
A Atlética Unificada da Universidade de Franca (Unifran) lamentou a morte de pelo menos 12 estudantes no acidente da noite dessa quinta-feira (20/2).
“Lamentamos profundamente o trágico acidente envolvendo os alunos da instituição. Nossos corações estão com as vítimas, suas famílias e todos aqueles que foram afetados por essa tragédia. Que possam encontrar força e conforto nesse momento de profunda dor”, escreveu a atlética no perfil de uma rede social.
A Atlética de Biomedicina também se manifestou na mesma rede. “É com imensa tristeza que nós, da Atlética de Biomedicina da Unifran, lamentamos o trágico acidente com os alunos da instituição. Prestamos nossas condolências a todos familiares e amigos das vítimas, que Deus esteja no coração de cada um, confortando essa perda irreparável”, publicaram.
A atlética do curso ainda se solidarizou com os familiares, amigos e toda a comunidade acadêmica, e desejou uma rápida e ótima recuperação aos hospitalizados após o acidente. “Que a memória de cada um seja honrada e que encontremos forças para enfrentar essa perda”, disse.
Desvio de rota
O ônibus fazia o trajeto de Franca até São Joaquim da Barra, no interior de São Paulo, por meio da Rodovia Waldir Canevari (SP-355/330), uma rota alternativa à tradicional pela Rodovia Prefeito Fábio Talarico (SP-435), que foi interditada em novembro do ano passado para obras em uma ponte.
O Departamento de Estradas de Rodagem (DER) interditou a ponte sobre o rio Salgado, localizada no quilômetro 63,3 da Rodovia Prefeito Fábio Talarico, para obras emergenciais, em 19 de novembro de 2024. Segundo o órgão, a medida foi necessária devido a uma trinca identificada em um dos pilares de sustentação da ponte, em decorrência do deslocamento de um talude existente no local.
Por isso, o DER indicava um desvio que passava por outras rodovias para chegar a São Joaquim da Barra ou Morro Agudo. Veja:
