O presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, comparou a situação eleitoral do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) com o cenário vivido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas eleições de 2018. O cacique defendeu o direito de Bolsonaro em se colocar como candidato à presidência da República em 2026, mesmo estando inelegível, e fez um paralelo com a estratégia adotada pelo petista há sete anos.
“Quando o Lula estava preso, vocês achavam que ele ia ser candidato? Ninguém pensava isso. O Bolsonaro vai trabalhar para ser candidato. Acredito que esse processo pode acabar de maneira que ele possa passar tranquilo por isso. Apesar dos aborrecimentos que ele está tendo”, afirmou Valdemar ao ser questionado se haveria uma pressão do partido para que Bolsonaro apressasse a indicação de quem apoiará no pleito do próximo ano.
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Isso porque caso alguém com mandato decida se candidatar ao Palácio do Planalto, precisará deixar o cargo até abril do próximo ano. É o caso de governadores como Tarcísio de Freitas (Republicanos), Ronaldo Caiado (União) e Ratinho Jr. (PSD), nomes cotados como possíveis postulantes à presidência. Na leitura de aliados, a viabilidade eleitoral de qualquer nome da direita para rivalizar com Lula dependerá do apoio de Bolsonaro.
Valdemar falou sobre o tema durante evento de filiação do secretário de Segurança Pública, Guilherme Derrite, ao PP, realizado nessa quinta-feira (22/5) em uma casa eventos na capital. O encontro reuniu as principais lideranças de partidos como União Brasil, PSD, Republicanos, PP e PL e foi lido como um ensaio da aliança que se formará para a disputa nacional em 2026.
De acordo com o presidente do PL, Bolsonaro é quem dará a palavra final sobre quem será o candidato “oficial” da direita. “Quem vai falar quem é o candidato a presidente é o Bolsonaro. Porque ele é o dono dos votos”, disse Valdemar.