A Executiva Nacional do Cidadania decidiu, por unanimidade, nesta quarta-feira (19), não renovar a federação que mantém com o PSDB. A alegação é de que a parceria trouxe prejuízos ao partido, como a redução de sua representação nas câmaras municipais e no Congresso Nacional.
No pleito de 2022, o Cidadania elegeu cinco deputados federais. No mesmo ano, perdeu para o PSDB o único senador que tinha, Alessandro Vieira (SE) — que hoje está no MDB. Recentemente deixou de ter uma deputada, Carmen Zanotto (SC), que se elegeu prefeita em Lajes.
O presidente nacional do partido, Comte Bittencourt, explicou que a legenda vai cumprir os prazos legais para a ruptura. Ou seja: o compromisso será mantido até abril do próximo ano eleitoral, 2026.
“Foi um debate maduro e sereno. Com isso, o Cidadania começa a trabalhar sua estrutura, visando o próximo período político-eleitoral. Vamos retomar o rumo e nos fortalecermos”, afirmou.
A decisão, tomada com participação dos dirigentes nos estados e parlamentares, será submetida à avaliação do Diretório Nacional, que se reúne no dia 16 de março.
Comte adiantou que a legenda abrirá conversa com outros partidos do campo democrático. E que o desenlace com o PSDB se dará de forma “respeitável”.
O Cidadania passa por um processo de renovação desde 2019, quando adotou o novo nome e abandonou a nomenclatura Partido Popular Socialista (PPS). A legenda surgiu nos anos 1990, após romper com o antigo Partido Comunista Brasileiro (PCB).