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Veja a íntegra da entrevista do governador do ES, Renato Casagrande

O governador do Espírito Santo, Renato Casagrande, concedeu entrevista ao Metrópoles nessa quarta-feira (4/6). Uma das lideranças nacionais do PSB, o gestor capixaba afirmou que seu partido deve criar uma federação com o Cidadania e ainda conversará com o PDT, com quem almeja uma aliança formal para 2026, descartando o PT nesse arranjo. Ele também defendeu a necessidade de progressistas pautarem as discussões sobre segurança pública.

Confira a entrevista, na íntegra:

O Espírito Santo fechou um mês de maio bastante surpreendente, além de uma redução de 20% desse tipo de crime [homicídios] em 2024. Como o senhor chegou a esses números? Quais foram as políticas adotadas pelo governo do Espírito Santo? 

Nós temos alcançado resultados nesses últimos anos. O ano que a gente não teve resultado foi o daquela crise da Polícia Militar aqui no estado do Espírito Santo, em 2017. Quando assumi o governo pela primeira vez, em 2011, o Estado vinha de já 10 a 20 anos de resultados muito ruins. Na primeira década deste século e na última década do século passado, o estado ficou e permaneceu em segundo ou terceiro lugar como o mais violento do Brasil. A gente ficava atrás de Alagoas, da Paraíba e de Pernambuco. Mas o Estado ou era o segundo, ou era o terceiro.

Então, nós implantamos um programa chamado Estado Presente. A característica desse programa é que eu lidero pessoalmente. Todo mês eu tenho uma reunião com todos os líderes da segurança pública, do Estado, do Governo Federal e demais poderes, analisando os resultados do mês que se encerrou e discutindo o futuro das nossas ações. A outra característica é que quem lidera a parte executiva dele não é o secretário de Segurança, mas o secretário de Planejamento. Uma concepção clara de que enfrentamento ao crime não é uma tarefa só da polícia ou dos policiais, das forças de segurança. É uma tarefa do Esporte, Cultura, da Educação, da Saúde, de todo mundo.

E a gente faz, então, um trabalho de integração forte dentro e de articulação para fora do governo. Nós dividimos o Estado em cinco regiões e 22 áreas, em que cada coronel e cada delegado é responsável por cada área e presta conta dos resultados. Então isso promove uma articulação forte. O programa, com essa metodologia, trabalha com investimento na valorização dos policiais, em infraestrutura, em armamento, em viatura e, especialmente, em tecnologia. Isso permitiu que a gente saísse da segunda posição em 2011 para fecharmos 2024 na 13ª posição. E se a gente continuar do jeito que nós estamos indo este ano de 2025, vamos ficar entre a 19ª e 20ª posição [entre os estados com menor taxa de homicídios].

Éramos um dos estados mais violentos, e vamos estar entre os estados mais seguros do Brasil, mostrando que política pública é quando você tem uma condução adequada, continuidade das políticas públicas, investimento e método de trabalho… Também em 2011, a gente tinha sete cidades no estado que estavam entre as 35 mais violentas do Brasil. Hoje não temos nenhuma. Então isso mostrou o avanço que a gente teve nesse tempo e produzindo um efeito grande. É lógico, ainda temos uma violência alta. Se a gente tinha 2 mil homicídios em 2010 e a gente cai para 852 homicídios no ano passado, a gente caiu muito, mas ainda temos um desafio muito grande pela frente, que é continuar ainda fazendo a redução de homicídios.

Uma face da segurança pública sob forte debate é a letalidade policial. Segundo os dados do Ministério da Segurança Pública, o ES é um dos dez estados onde esse fator aumentou entre 2023 2024. Como o governo estadual lida com a violência policial?

É verdade, a gente teve um aumento da letalidade policial, mas ainda assim estamos abaixo da média nacional. Aconteceu um aumento da quantidade e do potencial das armas disponibilizadas para os grupos criminosos. Então, você tem hoje os grupos criminosos mais bem armados, com pistolas, metralhadoras, rifles… Então isso dá aos grupos criminosos a coragem de fazer o enfrentamento à polícia.

Só que a nossa polícia – também de outros estados, acredito eu – também está muito bem armada. Então, na hora que você tem o enfrentamento, você tem troca de tiro, os grupos criminosos tendem a estar em desvantagem quando comparado com a força, o treinamento e o potencial das armas dos policiais. E tem que ser assim mesmo. A polícia não pode perder na hora que faz o enfrentamento dos grupos criminosos. Então, a quantidade de armas disponíveis deu aos grupos criminosos essa coragem de fazer o enfrentamento.

A outra realidade que a gente vive é com o trabalho de prisão das lideranças maiores dos grupos criminosos, que quem assume esse controle são as pessoas mais jovens. Os mais jovens têm uma audácia maior, e até um nível de irresponsabilidade. Pensando na ética do crime, nos limites do crime, há lideranças do que têm um certo limite, sabem até onde podem ir no enfrentamento. Quando uma pessoa mais jovem assume a liderança de um grupo criminoso, acha que ele pode tudo tendo uma arma na cintura. Então também aumentou a quantidade de enfrentamento. Eu acho que essas são as principais razões da gente ter aumentado esse número de enfrentamento no estado.

Recentemente, três policiais militares foram presos sob suspeita de arremessar um jovem, detido e depois liberado, de uma ponte. Ele depois foi encontrado morto. Como o governo está lidando com essa situação? Já foi feito algum contato com a PM para evitar novas situações?

Qualquer ato que envolve a participação dos militares ou qualquer policial que não tenha uma justificativa, não tem um procedimento adequado, nós avançamos na punição imediata através da investigação da Polícia Civil, da Corregedoria da Polícia Militar. No caso, e solicitamos, até porque já é obrigação do Ministério Público fazer o controle externo das forças de segurança, o Ministério Público faz esse acompanhamento.

Então nós aqui não passamos a mão também na cabeça de policial que, por acaso, por algum procedimento equivocado, causa um prejuízo a alguém ou à vida, ou algum ferimento a essas pessoas.

O que a gente tem avançado é que estamos com uma companhia testando as câmeras corporais. Então, a companhia aqui da região continental de Vitória já está em teste. Nós estamos comprando mais câmeras corporais, porque essas câmeras vão proteger o policial, aquele policial que age adequadamente, que é a grande maioria dos policiais, praticamente todos os policiais, e vai também proteger qualquer desvio de conduta de qualquer profissional. Isso também vai ser uma segurança para os policiais.

O senhor é filiado ao PSB, um partido de centro-esquerda. Vemos uma dificuldade de lideranças desse campo em se apropriarem da pauta da segurança pública. O que acontece para essa desconexão da esquerda? Ao mesmo tempo, há uma certa facilidade para lideranças de direita se apropriarem desse discurso. O que a esquerda, ou o campo progressista, precisa fazer para se aproximar dessa pauta?

Falar sobre o tema e apresentar resultados. Eu acompanhei na época o governo Eduardo Campos (PE), eu ainda não era governador, mas vi ele montando o programa Pacto pela Vida. Depois montei um programa semelhante a esse aqui, o Estado Presente. Eu acompanhei o João Azevedo, da Paraíba, que também tem resultados na área de segurança pública.

Então, é preciso que a gente fale, converse, trate com policiais, tenhamos políticas públicas nessa área. Que a gente faça discursos sobre isso, que a gente possa dizer que nós não vamos refrescar e dar moleza para bandido. Então vamos respeitar os direitos humanos, respeitar o direito de todas as pessoas, de quem foi agredida, naturalmente, a pessoa que seja o agressor… Vamos respeitar, mas vamos punir, de forma rigorosa, fazer a defesa de penas mais fortes para quem comete homicídio ou similar, mudar a progressão de pena. Então a gente tem que ter coragem, porque o homicídio é o crime mais violento que alguém pode cometer contra outra pessoa.

Não pode a pessoa tirar a vida de alguém sem razão nenhuma ficar presa três ou quatro anos. Se tirou a vida de alguém, essa pessoa não pode ter progressão de pena. Então cabe a nós, lideranças do campo progressista, apresentar resultados quando você está no governo, na prefeitura, debatendo no Congresso Nacional, apresentar proposta e apresentar resultado.

Imagina se depois de três governos eu dissesse para a população capixaba que “infelizmente quando assumi o Estado era segundo mais violento. Mas a situação me levou a dizer a vocês que 12 anos depois ainda está o segundo mais violento”. Não tem como você fazer um discurso desse. Então, a gente tem que apresentar o resultado, debater o tema, discutir, [ser] respeitoso com as pessoas, usando as evidências científicas e tecnologia para a gente poder fazer enfrentamento, discordando daquela expressão violenta e radical que alguns usam, que “bandido bom é bandido morto”.

Nós não temos essa concepção, mas nós queremos sim que as pessoas que cometem crime possam pagar por isso, e a gente poder dar tranquilidade e levar paz às comunidades que nós estamos representando. Eu estou comprovando aqui no estado, e tem outros governadores que podem comprovar também, que uma liderança do campo progressista pode sim apresentar resultado, pode ter identidade com a área da segurança pública e pode, com êxito, com todas essas características, de fato, discutir abertamente com a sociedade que estamos representando sobre esse tema.

Há uma percepção também que o governo federal, no caso agora o governo Lula, tem tentado se apropriar desse tema com a PEC da Segurança Pública. Chegou ao Congresso, deve ter um novo período de escuta a todas as pessoas envolvidas na área. Qual sua avaliação sobre essa iniciativa do governo? O governo federal ainda pode se apropriar desse discurso, dessa discussão da segurança pública e talvez já apresentar algum resultado ano que vem, ano de eleição?

Eu não sei se dará tempo do governo Lula tirar o resultado político desse debate, mas o envio da Proposta de Emenda à Constituição ao Congresso Nacional foi uma atitude correta, mesmo que você já tenha a legislação infraconstitucional que trata do Sistema de Segurança Pública. Mas você constitucionalizar o tema e impedir que os fundos de segurança, do sistema prisional, não sejam contingenciados; que o governo vai ter, através de um conselho com participação dos Estados, acompanhamento de todo o trabalho de segurança pública no Brasil; vai buscar padronizar procedimentos e buscar unificar informações e permitir o intercâmbio dessas informações. Tudo isso tem um papel importante, e é bom que a gente divida essas responsabilidades.

Ninguém pode ser detentor e ter o monopólio do debate, do enfrentamento ao crime. O enfrentamento ao crime tem tudo a ver com os governos estaduais, que nós estamos executando hoje, tem tudo a ver com o governo federal, que precisa controlar suas fronteiras, que precisa combater o tráfico de drogas, tem que combater a entrada ilegal de armas no país, que tem que fazer todo esse procedimento de unificação de informações para que haja essa troca de informação, tem a ver com os municípios que hoje tem guardas municipais. Mas mesmo quem não tem guardas municipais, uma iluminação pública bem adequada, uma infraestrutura com o sentimento de pertencimento que o prefeito e a prefeita pode levar ao seus e a seus representados, tudo ajuda.

Tem a ver com as nossas famílias, têm a ver com as nossas igrejas, nossas comunidades. Então, ninguém pode achar que é o dono do combate ao crime. O combate ao crime tem que ser feito por todo mundo. Nós aqui fazemos isso. Não é o governador que é o ‘todo poderoso’ que está conseguindo reduzir a criminalidade. É o trabalho, os policiais, são os municípios e o governo federal. É um trabalho em conjunto com a gente que está produzindo esse resultado. Por isso eu acho que foi bom o Congresso ter a oportunidade de debater de forma mais consistente o conteúdo, a proposta, e melhorar o texto do governo federal.

Há algum ponto da PEC que o senhor discorda ou que acha que precisa de melhoria ou a proposta está pronta?

Está pronta, mas lógico que isso não significa que o debate no Congresso não possa melhorar ainda mais a proposta, mas é preciso que a gente também reconheça que o governo federal chamou os governadores para esse debate. É preciso que a gente reconheça que o ministro Lewandoswski esteve aqui no Espírito Santo discutindo na reunião do consórcio dos governadores do Sul e do Sudeste.

Depois tivemos um outro encontro e o outro estado do Sul, do Sudeste também, que esse assunto foi debatido e discutido entre os secretários estaduais de segurança. Aquilo que era uma certa ameaça, que dava ao governo federal o poder de fazer alguma… ou tinha alguma dúvida de que poderia talvez fazer alguma interferência nas ações do governo, esses pontos nebulosos foram retirados. A proposta está bem ajustada.

O senhor é governador reeleito. Quais são seus planos para 2026?

Por enquanto, é continuar fazendo resultados aqui no governo. Estamos ainda no ano que não é um ano eleitoral, mas 2026 eu pessoalmente tenho dois caminhos. Eu fico no governo até o fim, e vou decidir no início do ano que vem, ou vou ser candidato ao Senado. São os dois caminhos anunciados aqui para a população capixaba.

Se eu sair para ser candidato, quem assume o governo é o vice Ricardo Ferraço. Ele se posiciona, então, numa função que lhe dá o direito de ir para a candidatura à reeleição, caso ele queira e esteja viável. Ele também está bem posicionado porque é o vice-governador e tem uma certa preferência pela função e também por ser uma pessoa que conhece bem o Estado, conhece bem a administração pública, conhece todo o trabalho que a gente está fazendo no Estado.

No nosso campo político aqui, além do Ricardo Ferraço, temos ainda outras outras lideranças como o Da Vitória [deputado federal], que é coordenador da bancada capixaba no Congresso Nacional; o prefeito Arnaldo Borgo, de Vila Velha; o ex-prefeito da Serra, Sérgio Vidigal; o prefeito de Cariacica, Euclides Sampaio; o deputado Gilson Daniel, do Podemos. Então são lideranças, algumas mais animadas, que também podem disputar no governo, são lideranças disponíveis para nós aqui, dependendo do quadro.

Mas hoje o candidato que tem uma posição mais adequada pela função que poderá exercer é o vice-governador Ricardo Ferraço.

A direita tem focado no Senado para 2026. Dois dos três senadores do ES são alinhados ao ex-presidente Jair Bolsonaro, Magno Malta eleito em 2022, e Marcos do Val. As vagas em disputa serão de Marcos e de Fabiano Contarato, do PT. Qual seria a chapa para o Senado? Seria o senhor junto com Contarato?

Ainda não sabemos. Esse processo está aberto porque não sabemos qual vai ser a coligação. Nós temos uma relação boa com o PT aqui no Espírito Santo, mas nós ainda não sentamos para fazer essa conversa. Ao mesmo tempo que a gente tem aqui uma aliança mais ampla, o estado precisa ter uma prática de alianças mais amplas.

Em todas as eleições que eu disputei, as que eu ganhei e as que eu perdi, foram de alianças amplas. Em 2022, por exemplo, teve a participação do PSB, do MDB, do PSDB, do PP, do União Brasil, do PT… Em 2026, ainda estamos num processo de conversa superficiais com cada partido, mas ainda não entramos na definição de candidatura no Senado. Primeiro, terei que decidir no início do ano que vem se de fato eu serei candidato ou não. Então eu acho que essas decisões de como serão as coligações, nós vamos fazer essa decisão de fato, em 2026, no início do ano, e vamos conversar naturalmente com todos os partidos.

Mas o senhor deve caminhar junto ao presidente Lula, correto?

O meu partido, sim. O PSB fará uma coligação e uma aliança com o presidente,

O senhor defende que o PSB precisa fazer algum tipo de federação, algum tipo de aliança formal para 2026? Temos visto o tema em discussão e, recentemente, em entrevista ao Metrópoles, o líder do governo, José Guimarães (PT-CE), afirmou que procuraria o PDT e o PSB para formar uma espécie de super federação do campo progressista.

Acabamos de fazer o Congresso Nacional em Brasília. O partido está muito energizado, muito animado. Elegemos o João Campos presidente do partido. Eu sou o secretário geral do partido, o presidente Alckmin é o vice-presidente do Partido. Nós temos condições e aceitamos fazer federação com alguns partidos. Estamos conversando com Cidadania, já conversamos com o PDT, que ainda não tem uma posição para a Federação ou não, mas com Cidadania está muito bem encaminhado essa possibilidade de federação. Nós não faremos uma federação com o Partido dos Trabalhadores. Essa decisão, já está tomada desde 2022, está reafirmada pelo partido agora no Congresso Nacional, e nos grupos de debate sobre conjuntura política isso foi reafirmado.

Compreendemos que a gente precisa fazer a federação neste momento com partidos que permitam a gente ter mais facilidade de conduzir o processo de alianças agora em 2026 e também depois em 2028. E uma federação tem uma duração de quatro anos, então não há a possibilidade de federação com o PT.

Como você avalia o governo federal atualmente?

Vejo o governo tratando do IOF, acho que compreendeu que não tem caminho para poder seguir consolidando o decreto da ampliação do IOF. Então, o governo vai apresentar alternativas nesse debate com o Congresso Nacional. De fato, é importante porque a proposta do governo não caiu bem.

O governo está indo bem, tem bons resultados na geração de emprego, no controle da inflação, no controle do desmatamento. O governo tem resultados bons em diversas áreas da ação do governo, nas negociações que está fazendo para implantação do Ferroviária, mas o governo dá alguns passos que acabam apagando ou diminuindo a clareza do resultado positivo do governo. E essa medida como do IOF foi muito mal recebida na sociedade brasileira.

Onde o governo Lula erra para ter sucessivas crises, inclusive criadas por ele mesmo?

A comunicação, a rapidez na reação. Lógico que o presidente da República não sabia daquilo que estava acontecendo no INSS. Pode ser que o ministro também não tinha essa informação, mas quando teve informação tinha que ter reagido imediatamente. Então a demora na reação provoca um desgaste. Essa decisão de forma unitária do governo em reagir a fatos que acontecem, como aconteceu lá com o Pix, agora com INSS e o IOF… São eventos que enfraquecem a imagem do governo.

O governo tem o resultado na área econômica, na política da nova indústria brasileira. A política industrial… São medidas importantíssimas na transição energética. Mas isso acaba ficando meio que sombreado por esses eventos negativos que acontecem e, muitas vezes, por falta de reação no tempo certo de pessoas do governo.

O que o governo precisa fazer para chegar competitivo no ano que vem?

Acompanhar com mais detalhe. Não tem como você controlar todas as ações de governo ao mesmo tempo, o tamanho do governo é gigantesco. Então é reagir imediatamente a qualquer fato negativo que possa acontecer e de forma unitária, caminhar na direção que o presidente Lula possa apontar com relação ao controle das despesas, a busca do equilíbrio fiscal e a relação com o Congresso… Tudo isso pode colaborar e ajudar.

O Congresso Nacional hoje é um ponto que exige uma atenção do governo muito maior do que do que se exigia no passado. O Congresso, por vácuo causado com governos que se enfraqueceram, como o governo da presidente Dilma, do Michel Temer que recebeu diversas denúncias, do Bolsonaro que terceirizou a política e deu ao Congresso Nacional, aos partidos do Centrão, a condução política…

Tudo isso deu ao Congresso Nacional um poder de execução orçamentária que não é próprio de um sistema presidencialista. Os fatos negativos associados à falta de uma base no Congresso e associado ao poder que o Congresso conquistou nesses últimos anos, dificulta muito o ato de governar do presidente da República, porque você tem o sistema presidencialista, que é um meio que faz de conta.

O Presidente da República é o grande executor do Orçamento. Teria que ser. Mas quem na verdade controla 50% do orçamento de infraestrutura é o Congresso Nacional. Então, isso provoca um desvio institucional e enfraquecimento institucional, que exige um uma atenção e um gasto de energia muito maior por parte do Presidente da República para controlar a política e avançar nas matérias de interesse no Congresso Nacional.

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