O mercado de emissão bancária, dentro da plataforma da XP, oferece nesta quarta-feira (14) CDBs com taxas pré-fixadas de até 15,580% ao ano com vencimento em 12 meses, enquanto títulos de inflação estão pagando até IPCA+10,100% e os pós-fixados até CDI +0,700%.
LCAs contam com taxas pré-fixadas de até 12,500%, os títulos de inflação contam com rentabilidade de IPCA +6,00% e pós-fixados de 96% do CDI. As LCI, por sua vez, têm taxas de até 92% do CDI e de títulos de inflação pagam até IPCA+6,230%.
Referência para as emissões de renda fixa, os juros futuros (DIs), na B3, operam quarta-feira (23) a 14,83% no vencimento de janeiro de 2026 e a 13,83%. Os juros reais, representados pelos rendimentos da NTN-B 2030, têm taxa de IPC-A +6,950%. O rendimento do CDI hoje segue em 14,65% ao ano.
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*As ofertas na plataforma da XP são limitadas à capacidade disponível do produto; mercado de renda fixa fica aberto das 10h às 15h.
Cenário Renda Fixa
Os juros futuros no Brasil sobem nesta quarta-feira, refletindo principalmente a realização de lucros após semanas de queda nas taxas e a alta nos rendimentos dos títulos do Tesouro dos EUA (Treasuries). O movimento externo, com o juro da T-note de 10 anos voltando ao patamar de 4,5% e o T-bond de 30 anos se aproximando dos 5%, gerou pressão sobre os ativos de renda fixa em diversos países, incluindo o Brasil.
Internamente, a curva de juros perdeu parte do alívio recente, puxada por ajustes em posições de investidores estrangeiros e pela maior inclinação nas curvas globais. O movimento reflete maior percepção de risco e incertezas, especialmente ligadas à política econômica nos EUA. No Brasil, as taxas mais longas voltaram a subir, sinalizando uma reprecificação do risco de longo prazo.
Como ficam meus investimentos?
Pré-fixados
A alta nos juros futuros aumenta o custo de captação dos bancos, o que pode levar a uma elevação nas taxas oferecidas em títulos pré-fixados, como forma de atrair investidores. Com a curva mais inclinada — ou seja, com os DIs de longo prazo subindo mais que os de curto prazo — emissões mais longas tendem a oferecer um prêmio adicional, compensando o maior risco de horizonte.
Esse cenário pode tornar os títulos de vencimento mais distante mais atrativos, embora também mais sensíveis a mudanças de expectativa.
Pós-fixados
O movimento global de alta nos juros de longo prazo e a resposta da curva brasileira podem sinalizar volatilidade no CDI, que ainda assim segue em níveis elevados. Isso tende a manter o retorno nominal dos títulos pós-fixados em patamares considerados interessantes, especialmente para perfis conservadores que buscam previsibilidade de rendimento com base na taxa Selic. Com o CDI em patamar estável, esses ativos oferecem retorno compatível com o cenário de curto prazo, mesmo em contextos de maior incerteza externa.
Híbridos
Os títulos indexados à inflação (como CDBs atrelados ao IPCA) tendem a manter atratividade em cenários de maior inclinação da curva, pois combinam proteção contra a inflação com uma taxa de juro real prefixada.
A recente valorização dos DIs de longo prazo pode pressionar esse componente prefixado a subir, elevando o rendimento nominal dos novos papéis. No entanto, como o IPCA segue sob monitoramento e ainda sem aceleração relevante, o ganho real desses produtos permanece como principal atrativo para quem busca preservação de poder de compra no médio e longo prazos.