São Paulo — O vendedor ambulante Alison Souza Pedro, de 20 anos, foi espancado por três seguranças do Grand Plaza Shopping, em Santo André, na região metropolitana de São Paulo, que acusaram a vítima de furto, mesmo sem provas. Além da violência, ocorrida domingo (20/4) no estacionamento do shopping, os terceirizados quebraram o celular e furtaram os chocolates e as notas que provavam a compra dos produtos, feita instantes antes por Alison.
A vítima trabalha como ambulante há dois meses, de acordo com uma familiar ouvida pelo Metrópoles. Antes disso, era empregado em uma transportadora, de onde foi demitido. Para sustentar a filha de 5 anos, ele iniciou o negócio informal.






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Os seguranças envolvidos na ocorrência foram afastados preventivamente. O shopping informou que está conduzindo uma rigorosa apuração para adotar eventuais medidas cabíveis.
O que se sabe
- A agressão aconteceu nesse domingo (20/4). Alison havia ido à loja Americanas comprar chocolates para revender.
- Em depoimento à polícia, ele afirmou conseguir o dinheiro para comprar os doces por meio de doações de frequentadores do shopping.
- Quando saiu da loja, o trabalhador foi abordado pelos seguranças que o conduziram até o estacionamento com o argumento de que ele havia furtado os chocolates.
- Alison foi espancado com chutes, socos e com um pedaço de madeira na nuca, que ficou com um grande hematoma, assim como o rosto. Ele também foi agredido com pisões na costela, ainda conforme relatou à Polícia Civil.
- O segurança que usou a madeira nas agressões espancou a vítima quando ela já estava quase desmaiando.
- Além de quebrar o celular de Alison, o trio teria furtado o boné e a mochila de vítima, na qual estavam os chocolates e as notas da compra dos doces.
Procurado pelo Metrópoles, o Grand Plaza Shopping disse que não tolera nenhum tipo de violência. Em nota, afirmou que os colaboradores e funcionários terceirizados do local “são orientados e treinados nesse sentido”.
A Americanas, local em que o suposto furto teria acontecido, afirmou ter dado apoio a Alison e ressaltou que os agressores não são colaboradores da empresa. Ainda assim, repudiou o ato de violência. A reportagem apurou que a loja restituiu parte dos doces levados pelos seguranças à vítima, emitindo uma nova nota, para que Alison pudesse seguir trabalhando.
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A Secretaria da Segurança Pública informou que o caso foi registrado como lesão corporal e dano pelo 6º DP de Santo André. Diligências são feitas “para esclarecer os fatos”.
O Metrópoles não localizou os seguranças. O espaço segue aberto para manifestações.