Após o confronto armado durante a operação da Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro (PCERJ) no Complexo de Israel na manhã desta terça-feira (10/6), o município foi colocado em nível dois de alerta.
O nível, medido pela Prefeitura do Rio de Janeiro, varia em uma escala de um a cinco.
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O tiroteio culminou no fechamento de duas das principais vias expressas da cidade: Avenida Brasil (que liga a zona oeste ao centro) e a Linha Vermelha (que conecta a Baixada Fluminense ao centro).
Segundo a polícia, pelo menos dois ônibus foram alvos de tiros na Avenida Brasil. Segundo a Federação das Empresas de Mobilidade do Rio (Semove), duas pessoas ficaram feridas, um passageiro e um motorista.
O tiroteio também causou a interrupção do BRT (linha expressa de ônibus articulados) e do trecho entre Penha e Gramacho, do ramal Saracuruna da Supervia. Cinquenta linhas de ônibus tiveram que alterar seus trajetos.
Além dos problemas para transitar pela cidade, uma escola estadual e 21 unidades da rede municipal de educação foram fechadas nas localidades de Parada de Lucas, Vigário Geral, Cidade Alta e Cinco Bocas/Pica-pau.
A saúde também foi afetada. Sete unidades da rede municipal de saúde que atendem na região, incluindo clínicas da família e centros municipais de saúde, foram impactadas. Quatro suspenderam suas atividades e outras três interromperam as atividades externas realizadas no território, como as visitas domiciliares.
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Peixão
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Barricada e fuzil no banheiro. Como foi a megaoperação contra o Peixão
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Megaoperação
A operação da Polícia Civil tem como meta o cumprimento de mandados de prisão e de busca e apreensão contra integrantes da facção criminosa Terceiro Comando Puro (TCP).
A ação é resultado de sete meses de intensas investigações, que culminaram na identificação de 44 traficantes sem mandados anteriores, permitindo à Polícia Civil solicitar ordens judiciais com base em provas contundentes. A operação integra uma série de ações da instituição voltadas ao desmantelamento da estrutura criminosa do TCP na região.
Segundo a Polícia Civil, a facção criminosa controla o território com barricadas, drones, toque de recolher, monopólio de serviços públicos e promoção de intolerância religiosa. Além disso, o grupo armado intimida moradores, expulsa rivais e realiza ataques a policiais.
A polícia identificou ainda um núcleo especializado no ataque a aeronaves policiais, composto por criminosos com armamento pesado e treinamento específico.