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Vice-prefeito sobre ritual polêmico de PMs: “Quem critica não entende”

São Paulo — Ricardo Mello Araújo (PL), vice-prefeito de São Paulo, comentou nessa quarta-feira (16/4) o vídeo dos policiais do 9º Batalhão de Ações Especiais de Polícia (Baep) da Polícia Militar de São José do Rio Preto, no interior do estado, com tom que remete a rituais de grupos supremacistas.

Ele comentou na publicação feita pelo Metrópoles com a explicação do comandante da unidade sobre o assunto, coronel Costa Junior, que afirmou que o ritual mostrado no vídeo, que foi apagado das redes sociais, simboliza a “vitória” dos policiais recém ingressados.

Na opinião de Mello Araújo, quem critica o gesto dos policiais no vídeo “não entende nada de polícia”.

Imagem colorida mostra comentário do vice-prefeito Mello Araújo sobre vídeo de PMs com tom supremacista - Metrópoles
Mello Araújo comentou publicação do Metrópoles sobre o vídeo de PMs com tom supremacista

Ricardo Mello Araújo tem 53 anos e é coronel aposentado da PM, além de ex-comandante das Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota). Ele é de uma família de militares que atua na segurança pública de São Paulo há três gerações.

Vídeo lembra ritual da Ku Klux Klan, diz especialista

O vídeo publicado na terça-feira (15/4) pelo 9° Batalhão de Ações Especiais de Polícia (Baep), de São José do Rio Preto e região, no interior de São Paulo, remete a “coisa da Ku klux klan”. É o que diz o especialista em segurança pública e professor da Fundação Getúlio Vargas (FGV) Rafael Alcadipani. O vídeo foi apagado minutos depois da postagem.

Alcadipani classifica o material publicado pelo batalhão como completamente inadmissível: “Infelizmente, quando a gente vê uma coisa dessas, a gente lembra coisa de Ku klux klan. Isso é completamente inadmissível. Uma força de segurança não poderia estar usando símbolos da organização, viatura, coisas do estado para fazer um vídeo que parece coisa de Ku klux klan”, avaliou o professor.

O Metrópoles teve acesso ao material. Veja:

 

A gravação, com direito a produção envolvendo imagens aéreas e trilha sonora, foi feita em um ambiente noturno. O vídeo tem pelo menos 14 PMs diante de uma cruz pegando fogo e uma trilha com o caminho marcado por fogo.

No fundo, aparece a palavra Baep também pegando fogo, além de bandeiras da corporação ao lado e viaturas da PM com o giroflex ligado.

O professor da Fundação Getúlio Vargas afirmou que a Polícia Militar (PM) “vai agir com firmeza em relação a isso [vídeo], porque não faz o menor sentido. O especialista ainda afirmou que não acha que os movimentos dos braços dos policiais, vistos no final da gravação, foram sinais nazistas, embora considere que o movimento “tem essa conotação”. Para Alcadipani, pode ser que o gesto represente “um juramento de um rito de passagem”.

A posição da PM

Em nota, a Polícia Militar afirmou que “em nenhum momento houve intenção de associação a ideologias de natureza religiosa, racial ou política. Ainda assim, diante da repercussão e da possibilidade de interpretações distorcidas, o vídeo foi imediatamente retirado do ar, e as circunstâncias de sua produção estão sendo apuradas internamente, com o devido rigor”.

A PM nega alusão a símbolos nazistas no vídeo. “A Polícia Militar repudia de forma veemente qualquer alusão a símbolos nazistas, bem como qualquer manifestação de intolerância, preconceito ou discriminação”.

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Perfil oficial do 9º Baep, de São José do Rio Preto e região, postou vídeo com PMs fazendo gestos que remetem a rituais supremacistas

Batalhão da PM queima cruz em ritual com tom supremacista em São José do Rio Preto (SP)
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Reprodução/Redes sociais

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Perfil oficial do 9º Baep, de São José do Rio Preto e região, postou vídeo com PMs fazendo gestos que remetem a rituais supremacistas

Reprodução

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Batalhão da PM queima cruz em ritual com tom supremacista em São José do Rio Preto (SP)

Reprodução

“Doutrina de Rota”

O coronel PM da reserva José Vicente da Silva,  ex-secretário nacional de Segurança Pública, definiu, em entrevista ao Metrópoles, como “muito diferente dos demais” o ritual dos policiais do 9° Baep. Para ele, o material expôs o que ele definiu como tentativa de uma “diferenciação sem sentido”:

“O que não tem sentido é que essas forças ditas especiais estão querendo se diferenciar das demais, como se fossem melhores, querendo mostrar um esforço diferente e, para isso, estão vestindo toda uma lógica que costumo chamar de ‘doutrina de Rota’. E infelizmente esses policiais acabam extrapolando, eles não fazem tanta parte assim do processo de prevenção das polícias e acabam querendo desprestigiar e reduzir a importância que tem o policiamento preventivo dos batalhões territoriais, como nós chamamos”, declarou.

Segundo o militar, os batalhões especiais, caso dos Baeps, “não são tão bons assim para o processo de prevenção” e os seus agentes não possuem “o mesmo conhecimento e interação com a população”, quando comparados com os PMs que atuam no dia a dia.

“Esses supostos heróis estão querendo se diferenciar dos demais. Eu não vejo sentido, isso deveria ser coibido, proibido, melhor dizendo, pelo comando da Polícia Militar, e parar com essa diferenciação absurda. Eu não vejo sentido, realmente… O soldado da PM faz um curso de 2.600 horas na formação. Daí, o Baep dá um cursinho de 30 horas e acha que vai formar um ‘PM plus’”, completou, em tom crítico.

Por outro lado, José Vicente da Silva entende que a posição do braço dos agentes, apontada como uma das polêmicas do vídeo por lembrar uma saudação nazista, é normal: “Colocaram o braço à frente, faz o juramento normal. Não é saudação [nazista]”, explicou.

O que é Ku Klux Klan

A Ku Klux Klan (KKK) surgiu nos Estados Unidos na segunda metade do século XIX, entre os anos de 1865 e 1866, na cidade de Tennessee, no sul do país.

Entre outras coisas, o movimento defendia ideias supremacistas brancas, promovendo atentados contra negros, recém-libertados pela 13ª Emenda Constitucional dos Estados Unidos. Brancos que de alguma forma defendiam os direitos dos negros também eram alvos dos ataques.

Ao longo dos anos de existência do grupo, os ataques continuaram se focando nos negros e incluíram os judeus a partir do século XX.

No ponto mais alto, o movimento contou com 4 milhões de membros na chamada segunda fase. Foi nessa época que a cruz em chamas se tornou um símbolo da Klan.

No vídeo divulgado e apagado pelo Baep, um dos elementos é justamente uma cruz pegando fogo.

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