São Paulo — A filhote de urso polar Nur, que nasceu em novembro do ano passado no Aquário de São Paulo, foi apresentada nesta quinta-feira (27/2) ao público pela primeira vez.
Nas imagens divulgadas pelo Aquário, localizado no bairro do Ipiranga, zona sul de São Paulo, Nur, a primeira de sua espécie nascida na América Latina brinca com o gelo e anda pela área onde ficam os ursos polares.
Nur veio ao mundo em 17 de novembro de 2024 (veja abaixo). Ele é fruto da relação de Aurora e Peregrino, ursos da mesma espécie que, há 10 anos, vivem no Aquário de São Paulo, na zona sul da capital paulista.
O ursinho nasceu por volta das 7h20 da manhã, em um domingo. A equipe do aquário observou atentamente se a mãe demonstrava instinto materno, como lamber o filhote para estimulá-lo e aquecê-lo, e se o filhote vocalizava, o que é um sinal importante para o estabelecimento do vínculo materno.
Veja:
O nascimento do urso polar
- Segundo a equipe, o primeiro ano de vida dos ursos polares, especialmente as primeiras horas, representa um período crítico para sua sobrevivência.
- Para eles, cada hora que passava sem nenhuma intercorrência era uma pequena vitória.
- A fragilidade dos filhotes de urso polar ao nascer, somada à dependência total dos cuidados maternos, exige um monitoramento constante e uma prontidão para intervir caso necessário, explicou a veterinária-chefe do aquário, Laura Reisfeld.
- Aurora e Peregrino, os dois de Nur, vieram para São Paulo do zoológico de Kazan, na Rússia, como parte de uma iniciativa internacional para garantir a preservação da espécie.
“Desde que os ursos chegaram, foi todo um preparo. Quando um animal mantido sob cuidados humanos reproduz, que faz parte do seu comportamento natural, é um presente para nós. Proporcionando um alto nível de bem-estar, conseguimos garantir que esses animais sejam saudáveis e, consequentemente, se reproduzirem”, disse Laura.
A equipe começou a suspeitar que Aurora estava grávida ao observar mudanças em seu comportamento. Não é possível confirmar a gestação por exames tradicionais como ultrassom por causa da densa camada de gordura da ursa. Ela passou a ficar mais tempo dentro da toca e reduziu sua interação com Peregrino. “A separação entre a fêmea e o macho, no contexto da reprodução de ursos polares, é um comportamento crucial e natural”, explicou a equipe.