Alvo de uma operação cirúrgica do Batalhão de Operações Especiais (Bope), da Polícia Militar do Rio de Janeiro (PMERJ), o traficante Daniel Falcão dos Santos, o Gotinha, reagiu ao cerco policial e teve a cabeça esfacelada por um tiro de fuzil, na terça-feira (13/5). O suspeito era segurança do segundo homem na hierarquia da facção criminosa Terceiro Comando Puro (TCP) Thiago da Silva Folly, mais conhecido como TH da Maré. Neste sábado (18/5), homens ligados aos grupo fizeram uma “motociata” em homenagem a Gotinha.
O que chamou mais a atenção, além do foguetório, foi a quantidade de motos de alto valor que participavam do “passeio”. Modelos da BMW que variam entre R$ 80 e R$ 100 mil, além de quadriciclos de luxo destoavam da pobreza do cenário que compõe o complexo da Maré. Vídeos que registraram o movimento flagraram homens usando camisas estampadas com a estrela de de Davi.
O símbolo judeu foi adotado pelo líder máximo do TCP, Álvaro Malaquias Santa Rosa, o Peixão. O criminoso segue foragido sendo o procurado número um das autoridades do Rio. Inspirado na “gramática pentecostal”, o traficante deu o nome de Complexo de Israel às favelas em que atua em referência à terra prometida para o “povo de Deus” na Bíblia. A facção de Peixão ainda exige conversão e práticas religiosas específicas para adesão e permanência na organização.
Veja as imagens:
Função
A investigação aponta que Gotinha exercia uma função estratégica dentro do TCP, atuando como segurança pessoal de TH. Ele era uma espécie de intermediário para o cumprimento de ordens repassadas por integrantes da facção, como fazer o recolhimento de dinheiro dentro das favelas da Maré.
O grupo era procurado desde as mortes do cabo do Exército Michel Augusto Mikami, assassinado em 2014, e do soldado da Força Nacional Hélio Messias Andrade, baleado em 2016 ao entrar por engano no Complexo da Maré.
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Assim como TH da Maré, Gotinha foi velado e enterrado na quarta-feira (14/5). Nas redes sociais, supostos amigos lamentaram o fato de o caixão estar fechado. Fotos que circulam nas redes sociais revelam o motivo da urna funerária ter permanecido fechada ao longo da cerimônia fúnebre. Gotinha teve a cabeça completamente destruída ao ser atingido pelos disparos.