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“Vira, vira”: juiz cita fala de militar ao afastar PMs no caso Gabriel

Uma frase dita pelo sargento que atirou no jovem Gabriel Ferreira Messias da Silva, de 19 anos, colaborou para que o juiz Renan Oliveira Zanetti, da 3ª Vara do Júri do Tribunal de Justiça de São Paulo, aceitasse o pedido do Ministério Público e determinasse o afastamento de dois PMs envolvidos no caso.

Na decisão em que afasta cautelarmente os agentes, o juiz cita que o sargento Ivo Florentino dos Santos teria dito a frase “Vira, vira, vira, vira para lá” logo antes de supostamente encontrar a arma que teria sido usada por Gabriel na versão dos agentes.

“A câmera corporal do sargento Ivo capta o policial que está à sua frente apontando para o chão e agachando-se de costas próximo à parte dianteira da motocicleta, enquanto Ivo aparentemente diz ‘vira, vira, vira, vira para lá’, se agacha próximo à parte traseira da motocicleta e, ao levantar-se, parece sinalizar aos demais agentes que encontrou a arma usada por Gabriel”, diz o juiz.

O magistrado afirma que as imagens anteriores, no entanto, não mostram a presença de arma de fogo próximo ao corpo da vítima, ou mesmo da motocicleta que ele pilotava.

“O armamento só é localizado momentos depois, quando o policial Ivo sinaliza com o pé a presença da arma de fogo posicionada próximo à traseira da motocicleta”.

5 imagensImagem mostra policial chutando armaPoliciais isolaram rua depois da morteGabriel foi morto após tiro de PM na zona leste de SPJovem andava de moto no momento da abordagemFechar modal.1 de 5

Gabriel pediu ajuda antes de morrer

Reprodução2 de 5

Imagem mostra policial chutando arma

Reprodução 3 de 5

Policiais isolaram rua depois da morte

Reprodução / Redes sociais4 de 5

Gabriel foi morto após tiro de PM na zona leste de SP

Arquivo Pessoal5 de 5

Jovem andava de moto no momento da abordagem

Reprodução

Segundo o juiz, a análise do caso mostra a possível existência de “inconsistências graves na versão inicialmente apresentada pelos policiais militares que participaram da ocorrência”, e que, se confirmadas, indicam um episódio de “excesso policial e fraude processual”, o que justifica o afastamento dos policiais.

Além do sargento Ivo, também foi afastado do cargo o policial Ailton Severo do Nascimento. Segundo um relatório da Defensoria Pública anexado ao inquérito policial, as gravações sugerem que Ailton instruiu Ivo sobre como colocar uma arma no chão.

Entenda o caso

  • Gabriel Ferreira Messias da Silva, de 19 anos, morreu baleado em novembro de 2024, com um tiro disparado por um policial militar. No boletim de ocorrência, os agentes envolvidos no caso afirmaram que ele pilotava uma moto sem placa e fugiu após cruzar com a viatura.
  • Segundo os PMs, o jovem teria caído ao fazer uma curva e, ao levantar-se, sacou uma arma de fogo. Foi quando o sargento Ivo Florentino dos Santos disparou de dentro da viatura.
  • A versão, no entanto, está sendo contestada pela Defensoria Pública, que diz que as imagens das câmeras corporais dos policiais mostram, na verdade, uma possível fraude processual, com a implantação de uma arma no local para incriminar Gabriel.
  • Prints das gravações reunidos nos autos pela Defensoria mostram que não há nenhuma arma próxima à Gabriel ou à moto que ele pilotava quando os agentes se aproximam do jovem.
  • Às 23h18, duas câmeras mostram o policial Ailton Severo do Nascimento se abaixando ao lado da moto. Segundo a defensora, neste momento o agente “parece dar uma instrução de como colocar uma arma no chão”. No minuto seguinte, Ivo “parece colocar a arma no chão, ao lado da motocicleta”, de acordo com o relatório.
  • Na sequência, é possível ver, pela câmera do policial Ailton, o sargento Ivo empurrando uma arma com o pé para debaixo da moto. O momento em que Ivo empurra a arma é flagrado também pelos aparelhos do próprio Ivo e do policial Gilbert, que registraram o som do objeto sendo arrastado.

O relatório da Defensoria foi anexado ao inquérito em março. Em abril, o Ministério Público de São Paulo pediu o afastamento cautelar dos policiais Ivo e Ailton de funções operacionais e solicitou que o caso fosse investigado também pela Corregedoria da Polícia Militar.

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“Sou trabalhador”

A gravação das câmeras também mostra que Gabriel implorou por ajuda após ser baleado. Um dos vídeos mostra ele falando para um agente: “Eu sou trabalhador, senhor, pra que isso comigo, meu Deus? Me ajuda, senhor, por favor”.

Depois, o soldado Ailton Severo do Nascimento pergunta se a moto era roubada. “Não é não, não é não, senhor”, responde o jovem. Na sequência, Gabriel volta a pedir ajuda, e o policial repete “Fica quieto” por quatro vezes. Veja o vídeo:

 

A gravação é a mesma que capta quando o soldado Ailton se agacha, como se simulasse deixar ou pegar alguma coisa no chão, ao lado da moto. Este é o trecho apontado pela Defensoria como o momento em que Ailton instruiu Ivo sobre como colocar uma arma no chão.

Na sequência, alguém diz “bora, bora, bora” e Ailton atravessa a rua. Em menos de um minuto, uma voz diz “vira aí” e o policial volta à cena já dizendo: “Alguma coisa, aí, mano?”. Neste momento, a câmera mostra Ivo Florentino dos Santos empurrando uma arma com o pé para debaixo da moto.

Em nota, a Secretaria da Segurança Pública diz que os policiais envolvidos estão afastados e que o Inquérito Policial Militar (IPM) foi concluído e encaminhado ao Poder Judiciário para análise.

“Paralelamente, a Polícia Civil conduz investigação sobre o caso por meio do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), sob sigilo, com o objetivo de esclarecer todas as circunstâncias”, afirma a pasta.

O Metrópoles não conseguiu contato com o soldado Ailton. Por telefone, o sargento Ivo disse apenas para a nossa reportagem procurar a assessoria de imprensa da Polícia Militar.

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