São Paulo — O Viveiro Imersão, no Parque do Lago, em Salto, no interior de São Paulo, foi interditado devido a irregularidades estruturais, após nove pássaros morrerem em uma enchente. Com as fortes chuvas que atingiram a região, o local foi danificado.
O viveiro não tinha duas licenças obrigatórias de instalação e operação, emitidas pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Após parecer técnico, a Secretaria Municipal de Meio Ambiente constatou que o estabelecimento não atendia a exigências estabelecidas pelo Departamento de Gestão da Fauna Silvestre (Defau), em quesitos como infraestrutura e documentação.

Pássaro resgatado no Viveiro Parque do Lago
Prefeitura de Salto/Material cedido ao Metrópoles
Viveiro Parque do Lago
Prefeitura de Salto/Reprodução
O local foi interditado por irregularidades
Prefeitura de Salto/Material cedido ao Metrópoles
Em nota, a Prefeitura de Salto destacou que, durante a inspeção, as marcas deixadas pela lama mostravam que a inundação atingiu mais de 35 cm acima do nível do piso da estrutura. “Segundo Bárbara Maia, bióloga da prefeitura, a incidência de um raio muito próximo da estrutura é a principal suspeita em relação aos fatores que podem ter motivado a morte das aves. Além disso, tanto o lago do parque quanto o curso do Rio Tietê, que permeia o local, transbordaram e as águas alagaram totalmente o viveiro”, apontou.
Pássaros do viveiro
- Além dos pássaros silvestres que morreram, dois desapareceram depois do alagamento.
- Quatro aves que sobreviveram ao episódio receberam os cuidados da equipe de Meio Ambiente e estão saudáveis, segundo a prefeitura.
- Os animais sobreviventes foram encaminhados para o Núcleo da Floresta, na cidade de São Roque, especializado na reabilitação e devolução de bichos para a natureza.
- Para evitar novos incidentes, a Secretaria de Meio Ambiente avaliará a infraestrutura do viveiro para possível reestruturação, de acordo com as normas ambientais necessárias, e sua realocação em uma área menos suscetível a alagamentos.
- Além disso, haverá o desenvolvimento de um “plano de contingência para remoção rápida de animais em caso de emergência climática”, informou a gestão municipal.