A Europa está se movimentando para se rearmar, investindo 800 bilhões de euros (R$ 5,06 trilhões), prevendo um possível fim do suporte dos Estados Unidos. Porém, a pressa para reerguer os exércitos dos países europeus encontra um problema: capacidade de produção. Para resolver isso, algumas empresas têm mexido em suas fábricas para que possam fazer armas. E a Volkswagen pode se unir a elas.
Oliver Blume, CEO do Grupo Volkswagen, revelou que a fabricante está disposta a unir aos esforços de rearmamento da Europa. Questionado sobre essa possibilidade, o executivo afirmou que a Volkswagen ainda não foi procurada, mas se surgir a opção de montar veículos militares, a empresa “iria olhar para os conceitos”.
“Devido à situação geopolítica atual, o que estamos vendo agora na Alemanha e Europa é exatamente a decisão correta, no sentido de que precisamos investir mais para ficarmos a salvo novamente”, explica Blume, que lembra que a Volkswagen já produziu veículos para o exército antes.
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A demanda causada pelo rearmamento, junto com a capacidade ociosa de diversas fábricas pós-pandemia, motivou empresas a investirem na produção de equipamentos militares em parceria com a indústria bélica.

Conversando com o jornal britânico The Telegraph, o economista chefe do Centre for European Reform, Sander Tordoir, diz que isso é uma nova forma de negócios para as fabricantes na região. “Podemos fazer os dois. A Alemanha perdeu metade de sua exportação de carros, então há muita capacidade ociosa para aumentar a produção de veículos elétricos e militares”.
Seria uma forma da Volkswagen ter uma outra forma de lucrar. Blume disse prever que as vendas não deverão crescer este ano, em um momento em que o lucro caiu 15% em comparação com 2023, para 19,1 bilhões de euros (R$ 120,9 bilhões).