O Kremlin anunciou neste domingo (4/5) que o presidente da China, Xi Jinping, fará uma visita oficial à Rússia de 7 a 10 de maio, a convite do presidente Vladimir Putin. O líder chinês vai participar, junto com outros 20 líderes mundiais, das celebrações formais que marcam o 80º aniversário do Dia da Vitória em Moscou, em 9 de maio. A data celebra a rendição das tropas da Alemanha nazista na Segunda Guerra Mundial.
“As conversações bilaterais que serão realizadas durante a visita se concentrarão nos aspectos centrais do avanço das relações Rússia-China, em termos de parceria abrangente e cooperação estratégica, bem como em questões urgentes das agendas internacional e regional”, informou o Kremlin.
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Além disso, os dois líderes assinarão diversos documentos bilaterais, disse o governo russo, sem especificar temas.
Esta é a terceira visita de Xi à Rússia desde o início da guerra com a Ucrânia, em fevereiro de 2022. A última aconteceu em setembro de 2024. Já Putin visitou Pequim duas vezes: uma em outubro de 2023 e outra em maio de 2024.





Putin e Xi Jinping
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Aliado da Rússia, o presidente chinês Xi Jinping não se pronunciou sobre a crise
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China nega que pediu à Rússia para adiar invasão à Ucrânia até o fim das Olimpíadas
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Presidente russo, Vladimir Putin e o presidente da China, Xi Jinping
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Lula também vai à Rússia e à China
O presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), também vai participar das comemorações do Dia da Vitória em Moscou. A visita foi interpretada como um gesto de apoio ao governo de Vladimir Putin, em meio à guerra na Ucrânia.
Janja mostra desembarque em Moscou e visita ao Kremlin
O embaixador da Ucrânia no Brasil, Andrii Melnyk, chegou a convidar o presidente brasileiro para uma visita ao país de Volodymyr Zelensky. No entanto, o governo Lula aguarda um convite formal das autoridades ucranianas.
No sábado (10/5), o presidente Lula e sua comitiva deixam a Rússia e seguem para a China, onde o chefe do Executivo participa do encontro da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac), em Pequim. Essa visita ao país asiático ocorre diante da escalada da guerra tarifária entre China e EUA. Os dois países se impuseram tarifas mútuas (145% e 125%, respectivamente).